A História da elaboração de cerveja tem pelo menos 6000 anos de existência. Os sumérios, o mais antigo povo civilizado, no século IV AC., alegravam-se com cerveja, assim como, mais tarde, também os egípcios, os gregos, os romanos e os germanos.

Quando o home aprendeu a moer os cereais e com eles preparar o pão, o caminho que levava ao pão líquido não estava muito longe. Nessa época, os sumérios faziam uma massa consistente com os grãos moídos que, após o cozimento, era consumida como pão. Essa massa, quando deixada ao tempo, umedecia e fermentava, tornando-se uma espécie de " pão-líquido ", uma bebida alcoólica por eles consumida. Essa bebida guarda uma semelhança, ainda que distante, com a atual cerveja e consta que era muito apreciada.

O mais antigo documento sobre produção de cerveja em solo europeu é de 800 anos A.C. A partir do início da Idade Média, os conventos assumiram a fabricação de cerveja. Eles foram decididamente, muito importantes para o desenvolvimento do fabrico da cerveja. Particulamente, os monges tornaram popular o uso de lúpulo com fator de amargor do mosto da cerveja.

Os conventos mais antigos que iniciaram a produção de cerveja foram os de St. Gallen, na Suíça, Wihenstephan em Freising e St. Emmeran em Regensburg; esses dois ultimos, na Alemanha.

Os Beneditinos de Wihenstephan foram os primeiros a receber, oficialmente, a autorização profissional para fabricação e venda da cerveja. Com isso, Wihenstephan é a indústria cervejeira mais antiga do mundo: ano de 1040.

Hoje, Wihenstephan é principalmente conhecida como o centro de ensino da tecnologia de cervejaria da Universidade Técnica de Munique.

O santo protetor dos cervejeiros chama-se " Gambrinus " ( Rei de Flandres, Holanda, Sec. XII ). Ao que tudo indica, foi da palavra latina " bibere " que se originou, em vários idiomas, os termos usados para designar esta bebida, obtida através da fermentação de cereais.

Em latim " bibere " significa " beber ". O termo do latim clássico para designar a cerveja é cervisia ou cerevisia. Dessa raiz, derivam as palavras " cerveja " ( português ) e "cerveza" ( espanhol ). Acredita-se que cerevisia procede de Ceres, que na mitologia latina era a deusa da agricultura.

Na antiguidade, usava-se para a elaboração de cerveja toda espécie de ingredientes tais como: folhas de pinheiros, ervas em geral, cerejas silvestres, com resultados, por vezes, fatais. Para então regularizar o processo de fabricação da cerveja, o Duque Guilherme IV da Baviera ( Alemanha ) decretou, em 1516, a " Lei de Pureza " (Reinheitsgebot). Essa lei é a mais antiga e mais conhecida do mundo, sobre a manipulação de alimentos (legislação de produtos alimentares) e determina os ingredientes que podem ser usados para a produção da cerveja, tais como:

Cevada

Lúpulo

Água
A Levedura de cerveja ainda não era conhecida e só mais tarde foi incluída nesta lei.
Três nomes estão especialmente associados ao progresso no fabrico de cerveja:

Luis Pasteur
Esse nome é, acima de tudo, conhecido através da palavra " pasteurização ", um método de conservação de alimentos a partir do aquecimento. Até aquele momento, o processo de fermentação não podia ser explicado nem controlado.

Primeiramente, Pasteur descobriu a participação de microorganismos durante a fermentação e demonstrou que a deterioração do mosto era provocada pelo desenvolvimento de organismos microscópios - que podiam estar no ar, na água ou nos aparelhos usados na fabricação - estranhos a natureza do processo de fermentação.

Emil Christian Hausen
O dinamarquês Emil Christian Hansen descobriu, em razão do desenvolvimento do microscópio, que não existiam apenas leveduras de alta fermentação, mas também leveduras de baixa fermentação. Também descobriu que entre essas espécies, existem outras inúmeras cepas com diferentes características. Ele foi o primeiro a conseguir isolar uma célula de levedura de cerveja - isso aconteceu em 1881 - e obteve a multiplicação sob cultura pura, isto é, todas as células de levedura têm absolutamente características iguais, pois são originadas de uma mesma célula. Como a levedura influencia fundamentalmente o sabor, essa descoberta possibilitou, especiamente, que se produzisse cerveja com o mesmo sabor e qualidade.

Carl von Luide
Desenvolveu a teoria da geração de frio artificial e fez experiências a partir de 1873, na cervejaria Gabriel Seldmayr, em Munique (hoje: Cervejaria Spaten), com sua Máquina Frigorífica à base de amônia, usando o método de compressão. Com isso, o "o local de nascimento" do refrigerador é, precisamente, uma cervejaria.


A Cerveja no Brasil

Em 1888 foi fundada, no Rio de Janeiro, a Manufatura de Cerveja Brahma, Villiger e Cia, de propriedade do engenheiro suíço Joseph Villiger. Em 1894, a pequena cervejaria foi vendida para a firma George Maschke e Cia, que modernizou e ampliou.

Em 1904, aconteceu a fusão da cervejaria de Maschke com a Preiss, Haussler e Cia, resultando, então, a companha Cervejaria Brahma.
Em 1980, a Brahma assumiu o controle acionário da Skol.

A Companhia Antartica Paulista foi a segunda cervejaria de porte que surgiu no Brasil em 1891. A primeira unidade de produção que entrou em funcionamento estava instalada no Parque Antartica, no bairro de Água Branca. Da mesma forma que sua grande concorrente, a Brahma, a Antartica também procura superar o problema de importação de cevada, desenvolvendo um programa de pesquisa, para adaptar ao clima e às condições do sul do Brasil, algumas variedades de cevada cervejeira. Dentre as empresas de grande porte, a Antártica possui uma grande tradição como anunciante, sendo mesmo considerada a mais antiga no mercado brasileiro.

Paralelamente à história das duas maiores cervejarias do Brasil, muitas outras pequenas fábricas regionais surgiram e algumas, até, ganharam expressão nacional. A maioria delas, entretanto, não conseguiu sobreviver por muitos anos, ou foi absorvida pela Brahma ou pela Antartica.

A Cervejaria Caracu foi fundada em 1899, na cidade paulista de Rio Claro, pelo grupo Nicolau Scarpa. A Caracu foi a promeira cerveja preta da América Latina que, pela sua qualidade, recebeu prêmios internacionais na Inglaterra e na Itália. Em 1969, passou para o grupo português Sagres, cujo nome passa para Cervejarias Reunidas Skol - Caracu S/A. Na década de 70, ela foi a pioneira do Brasil a lançar a cerveja em lata, produzida pela fábrica de Rio Claro.

A Cerveja Kaiser, fabricada por empresa de grande porte, foi lançada em 1982, em Minas Gerais, com a inauguração da Cervejaria Kaiser Minas S/A, em Divinópolis. Pouco tempo depois, duas empresas ligadas ao ramo de refrigerantes aderiram à Kaiser, fundando as fábricas Cervejaria Kaiser Rio S/A e Cervejaria Kaiser São Paulo S/A, em Mogi Mirim e em Jacareí. Mais tarde, surgiu a Companhia Sul Brasil de Cerveja, em Gravataí, Rio Grande do Sul.

A Fábrica Cerpasa do Pará começou a produzir a cerveja Cerpa a partir de 1966, uma cerveja que goza de reputação nacional.

As cervejas de Schinchariol, de Itú, São Paulo e, Belco, de São Manuel, São Paulo, são produtos com crescente aceitação no mercado.

A Cerveja mineira Ouro Fino teve seus dias de sucesso e, mais tarde, foi absorvida pela Skol.

A Bohemia, cerveja de Petrópolis é uma marca secular, ainda resiste, apesar de ter sido incorporada pela Antártica.

No estado do Rio, existem ainda famosas marcas como a Black Princess, produzida pela Princesa, e a Sul-Americana, do mesmo nome da Fábrica.

Fonte: http://www.choppdofritz.com.br